23 outubro, 2009

Passeio Web 2.0 (cont)



Primeira etapa: Fortaleza da Conceição



A Fortaleza era a mais esperada atração do passeio. Lá fomos recebidos pelo simpático Subtenente Luciano, que nos contou um pouco da história da Fortaleza e em seguida nos levou para conhecê-la. (a foto ao lado é do Rafael, um dos integrantes do grupo)


Como este post também é colaborativo, eis um pouco da opinião dos integrantes do grupo sobre esta primeira parada:


“Acho que a visita à Fortaleza da Conceição é um passeio único, não precisava de mais nenhuma atração. Pra mim, que curto história e arquitetura antiga, lá tem tudo isso e muito mais. Cada pedra, cada detalhe, cada cuidado com a construção deve ser admirada, observada e valorizada. E, com certeza, o tenente que nos recebeu foi de uma simpatia que a gente não espera encontrar em um militar. É preciso desmistificar esta visão meio torta que temos do exército e de seus componentes, que muitas vezes fazem um trabalho fantástico e a gente desconhece totalmente.” (Maria Alice Miller)


“Eu gostaria de deixar registrado o quão interessante foi conhecer o local onde Tomás Antônio Gonzaga passou algum tempo preso. Um contato dessa natureza com a história desse grande poeta e inconfidente e, por conseguinte, com a história do nosso país é simplesmente (e por si só) uma grande experiência cultural.” (Fernando)


A ilustração deste post é igualmente colaborativa, portanto aí vão algumas fotos da Fortaleza tirada pelos participantes do grupo:


À esq o Subtenente Luciano fala s/ a Fortaleza / À dir ele nos mostra as pranchas do artista plástico Guta, que mostra a evolução da zona p0rtuária (Fotos Rafael Soares)



À esq o poço de conto de fadas / {À dir a capela da Fortaleza

(Foto da esq:Carla Andrade / Foto da dir: Aldir Campos)


Vista da Baía de Guanabara que se tem do alto da Fortaleza da Conceição

(Foto: Rafael Soares)



Como, para variar, tudo atrasa, quando saímos da Fortaleza já passava do meio-dia, sendo que o horário previsto era às onze horas. (rss). Mas também...o que começa e termina na hora nesta cidade, não é mesmo? O importante é que a galera estava curtindo. ;o)




Segunda etapa: Observatório do Valongo e Jardim do Valongo



O atraso, no entanto, me fez mudar a ordem do roteiro e tivemos de acelerar o passo para chegar a tempo de dar uma volta nos jardins do Observatório do Valongo. Graças à Profa. Silvia, diretora da instituição, que tão gentilmente permitiu a nossa visita, foi possível ter uma boa visão de parte do Centro e do Morro da Providência, que foi a primeira favela do Rio e onde ficam localizadas duas igrejas centenárias.


À esq o grupo na área externa do Observatório /

À dir: eu iniciando a explicação sobre a origem do nome “favela”

(Fotos: Rafael Soares)


À esq aponto uma das igrejas centenárias do Morro da Providência / À dir: Fernando, que é professor de literatura, me deu um auxílio luxuoso ao complementar, de forma muito interessante, a história do nome “favela”

(Fotos: Rafael Soares)



Quando saíamos do Observatório, recebemos uma outra colaboração interessante da Ariadne que, fiquei sabendo no dia do passeio, é...guia de turismo! Olha só que barato!


Havia no Morro do Valongo a ´casa de engorda´ dos escravos, local onde os escravos debilitados ficavam para se recuperar. Ficava ao lado da entrada do Observatório de Valongo, mas hoje só resta uma parede, haja vista que a mesma foi demolida” (Ariadne)


Descendo um trecho ao lado do Observatório, chegamos à murada da qual avistamos o que restou dos Jardins do Valongo, construídos pelo Prefeito Pereira Passos em 1905, como parte de seu projeto para embelezar a cidade e dar-lhe ares parisienses. Infelizmente pouco restou destes tempos de glória.


Jardim Suspenso do Valongo

(Foto: Rafael Soares)



Terceira etapa: Pedra do Sal



Na seqüência, demos um pulo rápido no mirante do Morro da Conceição e partimos rumo à Pedra do Sal, cuja escadaria construída pelos escravos tinha como objetivo facilitar o transporte das sacas de sal.


No sopé do morro, no início da subida da Pedra, fica o chamado Largo João da Baiana, que é um marco do samba carioca.



À esq: Ariadne, Aldir e Cris indo em direção à Pedra do Sal e caminhando por uma rua de pé-de-moleque / À dir: a Pedra do Sal

(Foto da esq: Fátima Fróes / Foto da dir: Rafael Soares)



À esq: a parte lisa da Pedra do Sal / À dir: o grupo

(Foto da esq: Rafael Soares / Foto da dir: Vilma Goulart)



“O Largo João da Baiana, onde está a Pedra do Sal, era o local onde os negros começaram, após o trabalho, a se reunir, trocar idéias, fazer música e formar rancho. O local foi frequentado por Donga, João da Baiana, Pixinguinha, Heitor dos Prazeres”. (Ariadne)


“ Me chamou a atenção a ladeira, sua localização, encravada na cidade, conservada. Um milagre! Seria um lugar fantástico para um chorinho ou para umas tardes de poesia” (Carla)


No final deste trecho, nos despedimos daqueles que tinham compromissos à tarde e continuamos o passeio.




Quarta etapa: Adro de São Francisco da Prainha



A próxima parada foi no Adro de São Francisco da Prainha, onde fica a igreja de mesmo nome, além de algumas residências e de um projeto social mantido pela Ordem Terceira de São Francisco da Penitência, que funciona em várias casinhas coloniais, uma ao lado da outra.


(Foto da esq: Rafael Soares / Foto da dir: Cris Rangel)


Grupo no Adro de São Francisco da Prainha

(Foto: está na câmera do Rafael, mas como ele está na foto, não sei precisar quem tirou esta. rsss)



No caminho, apesar da fome que já começava a apertar, o grupo tirou fotos do casario e de alguns serviços típicos da região, como os vistos nas fotos abaixo.


(Foto da esq: Cris Rangel - A Beth aparece em primeiro plano /Foto da dir: Carmem Pessoa)



À esq: hospedaria a 8 reais a diária / À dir: serviço de conserto de roupas

(Foto da esq: Carla Andrade / Foto da dir: Rafael Soares)


“Surpreende o fato de existir um casario colonial em bom estado de conservação e num local tranquilo sobrevivendo em meio à modernidade do Centro do Rio”. (Rafael)


“Gostei muito de descobrir a arquitetura das casas e o cotidiano simples mais ao mesmo tempo, dentro de uma das grandes metrópolis do mundo”. (Aldir)


“Me chamou a atenção a beleza simples e lúdica das cores do casario. Me impressiona estar num lugar e saber que por ali já passaram tantas vidas, em tantos acontecimentos diferentes; pude sentir ali, caminhando com o pessoal uma energia muito boa.” (Cris)




Quinta etapa: Atelier do artista plástico Marcelo Frazão



A última parada da parte da manhã foi o atelier do Marcelo Frazão, que nos mostrou algumas de suas obras e falou do Projeto Mauá, uma espécie de Morro da Conceição de portas abertas que acontece todo ano em dezembro. A camiseta do projeto, bem legal, mostra, na parte da frente, as placas das ruas mais famosas do Morro (eu comprei uma de lembrança).


(Foto: Vilma Goulart)


Durante o papo sobre o estilo de vida na região, Marcelo nos contou que tem morador lá no Morro que dorme de janela aberta de tão tranqüilo que é o lugar! Ai, que inveja, meu Deus! (rss).


À esq: entrando no atelier do Marcelo Frazão /

À dir: o grupo posa com o artista

(Foto da esq: Rafael Soares / Foto da dir: foto tirada com a câmera da Cris Rangel, mas também não sei quem tirou. rss)



Este é o Nicolau, um dos gatos do Marcelo que é a cara do Garfield.

(Foto da esq: Vilma Goulart / Foto da dir: Cris Rangel)




Penúltima etapa: Loja Mundo Teatral



De todo o roteiro, era o único lugar que eu não conhecia. E digo: não há palavras para descrever esta loja. Ela realmente é...um mundo! Absolutamente t-u-d-o que você precisar em termos de figurino e objetos para teatro você vai encontrar lá. Mais incrível é como eles catalogam os produtos, com etiquetas super especificadas.


Lá você encontra desde uma doninha empalhada até uma bicicleta centenária. De um bolo cenográfico a vestidos de cantora de ópera. Quando eu digo tudo, quero dizer tudo mesmo. ;o)


Gaiola do Piu Piu... “acho que vi um gatinho” (rss)

(Foto: Cris Rangel)



O nosso cicerone Emerson sabe onde encontrar cada um destes objetos, pois tem tudo de cor e salteado na memória.


E ficamos muito lisonjeados pela sua recepção. Não é que eles fizeram até cafezinho com biscoitos para nos esperar? Como diz aquela propaganda: “para todas as outras coisas existe Mastercard”, mas para gentilezas como esta realmente não há nada que pague.


O grupo com o Emerson, nosso cicerone no Mundo Teatral

(Foto: Cris Rangel)


“O Mundo do Teatro é surreal. Os donos (são os donos??) são simpaticíssimos e as estórias são muitas.” (Carla)


A galera brincando com os inúmeros adereços do Mundo Teatral.

Àesq: Carla com a máscara de ET / À dir: Cris e Aldir

(Foto à esq: tirada com a câmera da Carla /

Foto da dir: tirada com a câmera da Cris Rangel)




Última parada: Loja Trapiche Carioca



Praticamente em frente ao Mundo Teatral, fica ao loja Trapiche Carioca, localizada dentro da antiga fábrica do Chocolate Bhering. A loja ocupa um galpão enorme, com móveis rústicos, de demolição que o Jorge Garcia, colecionador inveterado de antiguidades, vai buscar com colonos alemães no sul do país.


Trapiche Carioca

(Foto: Cris Rangel)



Além dos móveis, também encontramos objetos antigos, como ventiladores, cadeira de boticário, juke box, malinhas da antiga cia. área Panair, latas de biscoitos e várias outras coisas.


Eu quero uma cama dessas e um destes ventiladores! (rss)

(Fotos: Vilma Goulart)



O Jorge, sempre solícito, ainda nos mostrou outros espaços da fábrica usado para editoriais de moda e publicidade.


“Eu desconhecia o aproveitamento dos galpões da antiga Bhering para filmagens, lojas - Trapiche Carioca, etc. e o Mundo Teatral também foi dez” (Ariadne).



Fachada da ex-fábrica onde fica o Trapiche Carioca

(Foto: Cris Rangel)



“ (...) Também marcante para mim foi o modo caloroso com que nos receberam os nossos "anfitriões": desde o subtenente Luciano, do Forte; passando por Marcelo Frazão, do Atelier Vila Olívia; Emerson e Mendes, do Mundo Teatral; até o Jorge Garcia, da Trapiche Carioca.” (Cris)



FINAL:


Este foi um resumão do primeiro passeio do blog INFORMAÇÃO DE PRIMEIRA.


Mais fotos do passeio você poderá encontrar na comunidade que foi criada para o blog. Veja o link abaixo:


http://www.informacaodeprimeira.ning.com


(se você quiser entrar na comunidade, basta criar um login e uma senha e você poderá trocar idéias com todos os leitores do blog que estiverem inscritos lá)


Abaixo, relaciono alguns links que os integrantes do grupo enviaram para enriquecer este post e fornecer mais informações para quem quiser conhecer melhor a região visitada neste passeio:


- Portal Geo (enviado pelo Rafael Soares) :

Para acompanhar a evolução urbana através de imagens:

http://portalgeo.rio.rj.gov.br/EOUrbana



- Imagens da Área Central do Rio, incluindo o Morro da Conceição (enviado por Cris Rangel):

http://luiznevesufrj.blogspot.com/2009/02/morro-da-conceicao.html






4 comentários:

  1. Foi um passeio muito legal e surpreendente!
    Muito legal a ideia, Vilma!

    bjss

    ResponderExcluir
  2. Achei interessantíssimo. Tempos atrás me inscrevi para um passeio desse, mas como choveu acabou sendo cancelado. Quando programarem outro, gostaria de ir.
    Dôra Chaves
    (21) 2541-8232 e 9932-0092

    ResponderExcluir
  3. Foi um tudo! Adorei e creio que todo mundo deve curtir um dia assim.
    Bjokas!

    ResponderExcluir
  4. Adorei saber deste passeio, achei tudo lindo. Desta região só conheço mesmo os ensaios do Escravos de Mauá que são realizados aos pés do Morro. Quando tiver o próximo passeio, gostaria de ir.
    Rita Lanari
    ritalanari@gmail.com

    ResponderExcluir